••• A arte de receber bem os convidados no jardim de casa, ou sobre até onde vai nossas fantasias. Por Rafael RG.
Sexta feira à noite, eu já contava as horas para o inicio do grande Pik Nik de CARAS.
De tão ansioso acabei por demorar a dormir, porém quando acordei já estava tudo quase pronto. O jardineiro havia cortado a grama no tamanho ideal, as taças e talheres estavam devidamente lavados e a mesa posta. Sobre minha penteadeira, recém chegado da lavanderia a seco, repousava o terno que fora de meu avô, numa caixa perto do espelho, a rosa Colombiana para por na lapela e no chão próximo ao criado mudo os sapatos brancos. Me vesti e fui rumo ao jardim de casa receber os convidados. Sabia que estava diante de um grande desafio, não é fácil receber pessoas da sociedade em sua casa, qualquer falha pode te marcar para sempre, e é preciso ter muita força para não se deixar levar pelos comentários maldosos, e também para não acabar por criar fofocas e intrigas…………….
Reunindo herdeiros das mais nobres famílias do mundo, O Pik Nik de CARAS foi muito mais que um mero evento social, mas sim um momento de trocas, reconciliação e crescimento pessoal….
Nada como uma linda tarde de sábado para celebrar a vida não é mesmo? Foi assim, ao lado de grandes amigos, reunindo gente jovem e descontraída, que o esperado PIK NIK de CARAS aconteceu.
Pelo Tapete vermelho passaram estrelas como a modelo chinesa Mey Oh, usando um belíssimo vestido de pele de pantera cor de Rosa, e também o ilustre Casal de Barganha e Hortelãs. Com muito luxo e descontração a Srª Matilde vestia um poderoso Tailleur Chanal. Já seu marido Mauricio não poupou na pompa e exibiu o melhor do traje Sport fino direto das melhores alfaiatarias de Milão.
Na quadra de esportes, atletas exibiam corpos torneados em emocionantes partidas de badmínton.
A chegada do Casal Unidos do Hugo Peruche foi um dos pontos alto da festa, uma chuva de prata caiu sobre os convidados e um brinde a vida foi feito com os melhores champagnes disponíveis no Pão de Açúcar.
Destaque também para a celebração do fim de horário de verão. A meia noite, todos os convidados alteraram seus relógios Rolex’s, e o Pik Nik de CARAS foi presenteado com uma hora a mais de duração.
Um pouco de possível senão eu sufoco.
Não era nas roupas, perucas e sapatos que estava a fantasia, mas sim na vontade de cada um de brincar. É assim, criando pequenas fissuras na realidade, que é possível suspender o tempo, e suspendendo o tempo, é possível conhecer-se.
A imaginação correu solta, cada um com seu personagem “se perdeu “no tempo. Mesmo sendo muito difícil “ perder-se” hoje em dia. Para mim “perder-se” é permitir que os outros te vejam de perto… Mas como disse nossa querida Clarice: “…É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me mesmo seja de novo a mentira que vivo….”
PIKNIK de CARAS: sábado – 20.02.10
você é nosso convidado especial para o PIKNIK de CARAS! sábado, 20.02.10, das 15:00 às 23:00 no parque ibirapuera. faça sol ou faça chuva! MAPA
com o piknik de carnaval surgiram algumas vontades. e pra vontade quando vem sem prejudicar ninguém, é preciso dar passagem. então que vamos ter um piknik chique, ó! a brincadeira inclui trajes finos, coisa requintada mesmo. algumas pessoas estão empolgadas e vão procurar em bazares figurinos de arrasar (roupas brilhantes, tecidos vaporosos, chapéus).
outras pessoas vão continuar preferindo o piknik sem apliques e vão comparecer sem fantasia. claro, a fantasia não tá só do lado de fora.
o piknik é aberto a quem quiser comparecer. convide quem você quiser, traga o que puder carregar e / ou o que quiser compartilhar:
fantasias, alimentos, intrumentos musicais, serpentina, confete, buzinas, apitos!!!! …
OBS.: a previsão do tempo é de dia com sol e talvez um pouco de chuva no fim da tarde. SE chover um pouquinho, estaremos no local combinado. SE ficar mais forte, nosso ponto de encontro será perto do restaurante ‘the green’ na marquise.
.•º˚Piknik no Catraca Livre˚º•.
Catraca livre é um site que divulga coisas gratuitas pra se fazer em São Paulo. De algum jeito eles ficaram sabendo do Piknik e entraram em contato via e-mail e telefone querendo fazer uma entrevista para uma matéria. A matéria sobre o Piknik foi divulgada umas semanas atrás. LINK
E a entrevista na íntegra, escrita por muitas mãos, está aqui:
Segue algumas perguntinhas. Se vc achar que tem algo a mais para acrescentar, fique à vontade:
R: (As perguntas foram enviadas por e-mail a várias pessoas que frequentam o Piknik. As respostas são de todos nós, misturadas, vomitadas, contruídas juntos).
Somos pessoas com diversas formações, algumas em artes, também em psicologia, filosofia, design, educação etc. Idades bem variadas, mas em média, de 25 a 35 anos, além crianças selvagens correndo e brincando.
R: O piknik surgiu de uma vontade de passar tempo ao lado de pessoas queridas em algum lugar agradável. Com comida, melhor ainda.
Um piquenique no parque. Necessidade de diversão despretensiosa. Urgência de encontro. Ócio, brincadeira, possibilidade, abertura, presença.
Não foi idealizado como um projeto inicialmente. Foi se tornando outras coisas com o tempo. Nasceram possibilidades a partir do encontro de desejos pareados ou completamente diferentes.
O nome, como podem perceber nos flyers, varia conforme a pessoa que o cria. Ou de quem divulga por outras formas. Tanto faz: pic-nic, picnic, pik nik, piknik, piquenique. Convescote!
R: Esta resposta é bastante ampla, podemos perguntar por que não fazer um pic-nic? Para ficar na moita observando os casais? Ou o quê mais se faria num sábado à tarde?!
Há um projeto que é o Tokyo Picnic Club ( www.picnicclub.org ) é possível ver algumas semelhanças com ele, mas a idéia do pic-nic é uma idéia quase atemporal.
Percebemos que o piknik pode juntar pessoas com experiências muito dieferentes. Pode ser um espaço para experimentações livres, sem o compromisso com resultados.
R: Hoje, acho que cerca de quinze ou vinte pessoas em média. Fazemos a divulgação pela internet, enviando convites por e-mail, publicando o evento no Facebook e informando no Blog (https://epiknik.wordpress.com/).
Esse número de pessoas varia mesmo pois geralmente as pessoas circulam: algumas vêm mais tarde (normalmente ficamos das 14:30 às 22:00), outras só passam por lá. Com isso as comidas também se renovam!
Estendemos toalhas, levamos diversos tipos de comida (frutas, doces, balinhas, bolachas, lanches, pães, ervas, chá, café, sucos…), mas as que são mais cotadas são aquelas feitas pelas pessoas, por exemplo os pães integrais e aquele famoso brigadeiro da Cintia. Já houve até comida japonesa! Também tivemos uma edição temática no sábado pós-Natal: piknik do resto da ceia, onde cada um compartilhou o que não aguentava mais ser comido em sua casa, o que foi uma delícia.Adotamos um esporte que virou quase o esporte do pic-nic que é a Peteca. Temos também um freesbee, e outras coisas começaram a aparecer também, como badminton.
Às vezes fica um enorme círculo em volta da comida, com todos juntos. Alguns ficam tranquilos sozinhos, ou se juntam pra jogar alguma coisa (peteca, badminton), pra fazer bolhas de sabão gigantes, ou pra escrever, ler um livro, desenhar, dançar, tirar fotos, andar de bicicleta, olhar o céu, trocar receitas, etc.
As pessoas se conhecem? Pode fazer um som? Tem alguma regra?
R: Muitas pessoas se conhecem e muitas outras se conheceram durante o pic-nic. Em todas edições aparecem pessoas diferentes, algumas voltam sempre, outras às vezes e outras mandam mensagens pela internet. A musica é sempre bem-vinda, tivemos edições com musica ao vivo (tivemos: violão, shakuhati – flauta de bambu, didgeridoo). Pensamos também em talvez levar algum aparelho sonoro no futuro.
Existem algumas regras do parque, mas no piknik não há regras. Gostamos das coisas que vêm de maneira espontânea.
R: O Ibirapuera fica em uma região central de fácil acesso a diversas pessoas e é um parque lindo. Até agora o pic-nic sempre aconteceu lá (mas podemos até combinar edições do pic-nic em outros parques também, não só em SP). Depois de muitas edições, o local que ficamos no Ibirapuera ficou conhecido por todos os frequentadores.
R: (dia da chuva com a tartaruga) Algumas coisas acontecem, principalmente com a chuva e tendo que nos virar com isso. Tentamos resistir à intensidade da chuva, mas quando não dá mais, vamos a algum lugar coberto. Teve um dia desses que após a segunda pancada de chuva, quando os guarda-chuvas não resolviam mais, nos cobrimos com uma lona amarela e fomos todos, num ritmo de marcha e quadrilha para a cobertura da Bienal, só que no meio do caminho – no asfalto mesmo – encontramos uma tartaruga que estava resistindo tanto quanto a gente com a chuva. Era enorme e mesmo tomando chuva, paramos para observá-la. Ela girava seu pescoço enorme estranhamente.
(bolhas de sabão gigantes) Um dia também bem interessante foi quando incrementamos o piknik com a bolha de sabão gigante: depois de assistir um vídeo no youtube das bolhas de sabão gigante, o Kaloan trouxe os apetrechos para a nossa experiência, depois de juntar tudo, colocamos a mistura numa forma de bolo vazia e improvisando com galhos de árvore e cadarços de tênis, criamos os aparatos e algumas pessoas ficaram tentando até conseguirmos as tão famosas bolhas. A cada bolha que víamos, era uma comemoração.
(dia da chuva secando as roupas naquelas coisas da fashion week) / (edição com as crianças)
Outro dia para comentar foi também com chuva. Estávamos no lugar habitual e já havia chovido bastante. Só que quando olhamos para o céu, sabíamos que iria recomeçar. Algumas pessoas correram para a bienal, enquanto outras juntavam o que faltavam das coisas. A chuva despencou nesse momento. Alguns ficaram cobertos com uma lona, outros se divertiam pulando, dançando, correndo, se jogando na grama, brincando de pega-pega com as crianças que estavam no dia. Foi muito bom porque nesse dia Julio animou as crianças num ritmo de maracatu: ensinava tanto sons quanto as músicas. Fomos para a Bienal e encontramos os geradores da SP Fashion Week, que virou um evento do piknik: além de secarmos as roupas, o vento que saia das enormes caixas conectadas a tubos pratados nos deu bastante diversão. A noite os gambás surgem das sombras e sobem as árvores.
.•º˚º•.13.02.10: piknik de carnaval
um corpo todo pintado de verde. ou, um vestido bem vermelho e muitas pérolas. ou, uma gueixa freak. ou, papai e mamãe com suas roupas de ficar em casa. ou, soft porn. ou, super cores + máscara de metais preciosos (moeda de troca em alguma civilização antiga?). ou, um duende mesmo.
umas 40 pessoas. muitos instrumentos musicais. composições improvisadas.
10…! 9….! 8…! 7…! 6…! 5….! 4…! 3…! 2…! 1…! feliz carnavaaaaaaal!!!!
PIKNIK de CARNAVAL!!!
neste sábado piknik de carnaval!! 13.02.2010
das 15:00 às 22:00 no parque ibirapuera. faça sol ou faça chuva!
fantasia, fantasia, disfarce. fantasia, fantasia, disfarce.
seja quem você não é, seja quem você não é, seja de todo jeito.
o piknik é aberto a quem quiser comparecer.
ele vem acontecendo há alguns sábados e tem reunido pessoas diferentes e interessantes.
convide quem você quiser, traga o que puder carregar e / ou o que quiser compartilhar: fantasias, alimentos, intrumentos musicais, serpentina, confete, buzinas, apitos, camisetas brancas, doces, balinhas, bolachas …
lembre-se de trazer sua toalha de piquenique!
velas para acender à noite, repelente para os sensíveis aos mosquitos. a previsão do tempo diz que é sol o feriado todo! 😉
∞• prepare sua fantasia para o próximo piknik •∞
fan.ta.si.a
1. imaginação criadora
2. imagem fantástica
3. sonho, devaneio, ficção, utopia
4. o que não é factual
5. composição musical baseada em outra
6. roupa de disfarce, normalmente usada em festas
mapa PIKNIK
passando a marquise, atravesse a ponte de ferro sobre o lago e pegue a pista da esquerda. é só seguir em frente. (entre a praça da paz e a base da gcm). contato: 11 6549-0444
Nem choveu…
Chegaram tava tudo seco com lona de plástico. Guarda chuva sobre a ponte.
(Comendo todo o pão esparando a chuva acabar) depois não choveu mais e deu pra ficar na grama, lona.
Gambás. Bolhas de sabão. Policial chegando no escuro e falando:
– Não pode fazer isso ai não…
– O que? Acender velas?
<<- Pensei que era macumba>> gargalhada.
Apagar as velas e ver as estrelas.
Até amanhã!